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domingo, 25 de julho de 2010

Palestrante fala sobre torrent: ele não é o vilão da web

Para a maior parte dos integrandes do Fórum Internacional Software Livre, o grande vilão da história da humanidade é Darth Vader. Para a indústria que não entende o conceito de código livre e de criação colaborativa na internet, o torrent, hoje, assusta mais do que o malvado de Guerra nas Estrelas, falou o professor e programador carioca, Ricardo Jurczyk, neste sábado em palestra no fisl11.
E este 'medo' cresceu junto com o software e sua aceitação maciça pelos usuários. O primeiro esboço do programa surgiu na rede por volta de 2001 e já em 2005 ele representava cerca de 30% do tráfego na internet. Em 2010, estima-se que mais de 55% de todo o tráfego seja realizado por programas de troca e compartilhamento de arquivo.
Alguns mitos, no entanto, precisam ser quebrados. O torrent é incessantemente acusado, por exemplo, de ser o responsável pela queda do faturamento do cinema norte-americano. Segundo Jurczyk, na verdade, em um levantamento mostra que de 2004 a 2009 a indústria cinematográfica dos EUA aumentou seu lucro em mais de US$ 7 milhões.
Para o palestrante, o torrent não é o vilão da web. Pelo contrário, ele é uma maneira eficaz, inteligente e rápida de compartilhar arquivos de uma forma globalizada. "Hoje em dia, o torrent é uma realidade contra a qual não se pode lutar", afirmou.
Não se trata, porém, de fazer apologia ao roubo de conteúdos protegidos por direitos autorais. O problema aqui está na constituição da lei que os protege, atrasada e desconectada do destaque do mundo cibernético e, principalmente, do papel central que o usuário exerce na era digital.

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